quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Resenha: Van Dorte - Epilogue (2017)

O Brasil possui uma gama enorme de talentos e um vasto repertório de genialidade e originalidade.

E quando procuramos conhecer novas sonoridades ou algo que saia dos padrões normais já estabelecidos, encontramos algumas vezes pontos fora do comum que acabam nos surpreendendo por tamanho brilhantismo.

Um exemplo disso é a banda paulista Van Dorte, que traz em seu debut, "Epilogue", algo completamente diferente do que está sempre em evidência nos meios de comunicação.


Temos aqui um projeto que é muito abrangente, musicalmente dizendo, um grande leque de influências fazem parte da essência e do DNA do grupo, que apresenta lembranças de nomes como Evanescence, Paradise Lost, Depeche Mode até em momentos em simples passagens que remetem a Adele, Sisters od Mercy e Moonspell.

Iniciando a audição do álbum temos a faixa título, "Epilogue" que trata-se de uma passagem de piano e voz, que transmite sentimento melancólico e soturno aos primeiros minutos do álbum.

Adiante temos "The Blame" que logo de cara traz um lado mais POP do grupo, com teclados melodiosos e em certos instantes até soam dançantes, sintonizando gêneros como Doom Metal e Gothic Rock com nuances alternativas.

A terceira faixa do registro é "Claustrofobia" que apresenta linhas de guitarras mais agressivas que nos sons antecessores, tendo destaque para o andamento mais soturno que complementa-se com a linha vocal limpa e imponente.


A próxima composição, "Breathe Now", têm um flerte mais melancólico, trazendo em boa parte de sua duração apenas teclado e voz, porém após quase metade do tempo entra a alinha de guitarra que deixa o som mais denso e atmosférico, aqui está um dos ápices do registro.

"Like Acid", segue com uma linhagem próxima ao Gothic Rock, trazendo muito de influências como Sisters of Mercy e The Rasmus, com enorme destaque para a excelentes linha de bateria eletrônica, e para as melodias impecáveis que casam-se milimetricamente ao som proposto.

Temos destaque ainda para "Fragile Dreams", que traz uma jornada emocionante ao repertório, tendo melodia e atmosfera única, transmitindo ao ouvinte uma nostalgia ao passado, sendo esta o grande chamariz do registro, e "Evil Side" que é sem dúvida a faixa mais pesada do grupo, tendo linha de guitarra mais direta e baixo mais pesado, mostrando o lado mais próximo ao Doom Metal/ Heavy Metal.

Em "Epilogue", temos um registro que não é pra quem busca algo ortodoxo ou em padrões já pré estabelecidos, mas temos um álbum totalmente coeso e que agrada aos ouvintes mais abertos ao mundo do Rock e do Pop Rock em geral, não tendo nada genérico muito menos plágio de algo já existente. 


Faixas:

01. Epilogue
02. The Blame
03. Claustrofobia
04. Breathe Now
05. Like Acid
06. Don’t Make Me Say Goodbye
07. Fragile Dreams
08. In The Dark
09. My Pretty Vision
10. Your Frequency
11. Evil Side


O Van Dorte é composto atualmente por:

Alexandre Carmo - Guitarra
Thiago Rodrigues - Baixo
Dione Rigamonti - Teclados e Sintetizadores
Feleex Duarte - Vocal e piano

Nota: 8,0

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