domingo, 26 de novembro de 2017

João Gordo: “Estou farto de shows, haters, políticos e de uma gritante ameaça nazista..."



A lenda de Punk Rock nacional, vocalista, líder e um dos fundadores  da banda paulista Ratos de Porão, João Gordo cedeu uma entrevista, reveladora e muito intensa ao site UOL sobre seus pontos de vista, opiniões e situações cotidianas.


Dentre os assuntos abordados estão política, vida cotidiana, e fatos do passado.

Pra quem acompanha a carreira de João Gordo sabe que o personagem que ele simboliza e traz muito do que milhões de pessoas sentem em suas vidas. Uma entrevista com ele sempre traz pontos não vistos e também mostra o lado mais descontraído e desconhecido por muitos fãs.

Sem dúvida nenhuma, de sinceridade, opiniões ásperas e ácidas e de visões não convencionais ( não midiáticas), são parte da identidade e da personalidade de um dos ícones mais importantes da antiga geração do PUNK ROCK brasileiro.


Confira alguns trechos da entrevista abaixo:

Quando questionado sobre a solução para o atual momento e futuros planos em sua vida:

"...Solução? Talvez o aeroporto. “Quem sabe a gente vá para a Europa, sei lá. Eu não sei como vai estar este país daqui a um ano ou dois. Um monte de playboy armado, dando tiro para cima. A gente não sabe o que vai fazer. A gente não sabe o que vai fazer. É uma dúvida cruel...”

Quando questionado sobre política, atualidades e notícias:

"Nunca votei no Lula, mas agora vou votar. Porque, do jeito que a coisa está indo, em 2039 a suástica vai ser moda, cara. Vai ter pijaminha de suástica. Óculos de suástica. A bandeira do Brasil vai ter uma suástica vermelhona. Depois que fizeram um monte de bosta, o brasileiro está complemente tomado, manipulado por isso aqui [aponta para o celular]. Está tudo polarizado. Os idiotas se juntaram", entende?..."

"...O que o cara fala no celular hoje é o que falava sozinho em casa, no bar com o amigo. De repente começaram a ver que tinha um monte de gente que pensava igual. Eles começaram a se juntar nesse movimento fascistão. Você vê o monte de babaca que tem por aí. E o negócio é isso aí. Bolsonaro no seu rabo, meu irmão. Não duvido nada que daqui a pouco haja suástica para tudo que é lado. Em boca fechada não entra mosquito. Nego vai começar a sumir..."

Quando questionado sobre seu convívio familiar quando adolescente:

Eu era espancado dentro de casa, velho. Meu pai era policial militar e tinha problema psiquiátrico, e tudo lá em casa era vezes três. Os castigos, as humilhações. O estilo patriarcal de ele comandar a família foi difícil pra caralho.




Quando questionado sobre ser chamado de "Traidor do Movimento Punk":

“...Em 1977, com 13 anos, eu já era roqueiro. Fui abraçar o punk em 79, como fuga, bem na época do Kid", afirma Gordo. "Mas era uma falta de informação geral. Vi muita parada horrível. Racismo. Pessoal homofóbico ao extremo. Briga. Era coisa de ganguismo mesmo. Foi por isso que a gente saiu fora do punk e foi para o metal. E aí chamaram a gente de 'traidor do movimento'. Mas foda-se, cara. A gente sempre fez o que queria fazer..."

Confira a entrevista na íntegra no link abaixo:


Fonte: Site UOL

"Prenuncio de Treta", mais recente clipe do Ratos de Porão:

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